Certa vez me perguntaram até onde uma pessoa iria amando, iria por amor. Aqui está um dos textos de história inventadas com a tentativa de satisfazer e cativar o sentimento mais puro e lindo que existe, o amor. 

   "Agora estou na cadeira que tem visão para a rua. É tarde, já passou da hora que costumava escutar a sua doce voz com aquele “boa noite” precavido.

     Me lembro perfeitamente das duas perguntas feita a mim: “Por que você está me beijando?” e “você não precisa passar por isso. Por que esta passando?". E lembro das tardes que sentávamos entre as árvores e nos calávamos, ficávamos sem ação, precisávamos de um pequeno tempo para perceber que aquilo era real. Me lembro da sensibilidade que nossos lábios se tocavam, do nosso coração batendo em um só, do meu sorriso mais sincero que só você conseguia tirar. Lembro quando me dizia que a distancia te machucava e eu comparava nosso amor com as estrelas, lembro de como tudo ficava mais bonito e mais detalhado.

     Nós éramos como aqueles pássaros que víamos nos galhos das árvores, um cantava para o outro e tudo soava como aquela tal melodia com timbres apaixonados, e é justamente por isso que eu te beijava, não me importa! Eu lembro! Na saúde e na doença, lembra? E eu passei por tudo isso com você  porque em um daqueles dias que sentar entre as árvores era comum, eu te fiz uma promessa e eu orgulhosamente cumpri. 

    E essa noite eu vou sentir falta do doce “boa noite”. Você se foi para bem longe, sem mesmo poder me dar o "adeus", e essa palavra nunca me machucou tanto como me machuca agora. Talvez esse foi o propósito do nosso amor ter essa tal distancia, conseguimos aproveitar o suficiente enquanto estávamos juntos. Agora chegou a minha vez de olhar para as estrelas e toma-las como se fosse você, uma estrela guerreira. E chegou a minha vez de olhar minha promessa cumprida: “até que a morte nos separe” e me orgulhar de mim como eu me orgulho de você."